Recentemente foi aprovado o PNBL que visa como principal objetivo a inclusão digital, tornando possível o acesso à internet pelas classes C e D, nada digno, diga-se de passagem.
Á primeira vista eu tive certo orgulho da INICIATIVA dos nossos governantes com relação à inclusão digital, mas devidas as proporções, estamos dando um minúsculo passo, senão tapando o sol com a peneira, como de praxe, em relação ao cenário mundial de comunicações.
Outras iniciativas já foram tomadas e fracassadas, como o caso do “notebook para todos” ou o “Computador social”, que possui uma configuração horrenda (Celeron 1,4Ghz, 40GB de HD, 256Mb de RAM e mais umas perfumarias), além disso, hà a obrigação do uso de software livre (calma, sou adepto ao opensource, mas nesse caso fica difícil), mas com a necessidade imediata dessas classes de entrarem em uma Empresa, isso se torna um tanto quanto complicado, na medida em que a maioria delas utilizam a classe de software proprietária, como as linhas Microsoft Windows e Microsoft Office. A longo prazo, quem sabe essa realidade mude, apesar de não ser os verdadeiros planos na atualidade do “tio Linus Torvalds” (ao meu entender), mas isso é um papo para outro artigo.
E mais, e mais projetos foram cogitados, como computadores para os professores (minha mãe é professora e foi mais vantajoso comprar no varejo), banda larga nas escolas, além daquele “brinquedinho” com um aspecto tenebroso e com péssima qualidade do material produzido, que certamente, não passa no teste com qualquer criança, seja ela a mais pacata da escola…
Voltando ao PNBL, diversos sites explanam a ideia de que esse plano solucionará as dificuldades dessas classes, mas para fechar o acordo, o Governo teve que ceder com a qualidade do serviço, além de utilizar a fibra de Empresas privadas e de governos locais, o que faz com que essas pessoas dependam do investimento do seu Estado nas redes de fibra óptica, que na atualidade não são lá essas coisas…
Mais um problema encontrado é com relação aos limites propostos, atualmente os usuários optantes pelo PNBL terão um acesso de 1 Mbps com o limite de download de 300 Mb. Na atual situação da internet, eu como desenvolvedor, posso afirmar: hoje em dia ninguém mais lê, tudo é ouvido ou visto, e isso tem um preço = DOWNLOAD.
Além de tudo isso, o valor cobrado não é muito mais barato do que o valor pago no varejo e você ainda leva um serviço de qualidade (contestável, mas…).
Bom, essa é a minha opinião sobre o PNBL. Novamente, apoio, (e muito) a INICIATIVA dos Governantes, mas infelizmente, mais uma vez, na minha humilde opinião, disponibilzada de forma errada.
Passo pequeno para um dos países com a banda larga mais caras do mundo (assim como outros produtos).
Grande abraço!