Como clonar repositório privado do Github no Docker?

Clonar repositório privado do Github no Docker

O processo de deploy de uma aplicação pode ser feito de várias formas dependendo do ambiente escolhido tanto para o desenvolvimento quanto para a hospedagem final dele. Esse processo pode ser descomplicado com o simples fato de subir o código que está no seu Github direto na imagem docker e continuar com o processo de build e outras tarefas todas por lá, dessa forma tudo já fica bem mais encaminhado para usarmos CD/CI no futuro.

O problema…

Quando estamos lidando com repositórios públicos é bem simples de se fazer. Basta fazer o clone lá no Dockerfile da mesma forma que nós faríamos na nossa estação de desenvolvimento.

Algo como:

...
RUN git clone https://github.com/seu_usuario/seu_repositorio.git
...

Esse processo é simples porque o repositório é público e não precisa de nenhuma autenticação para clona-lo. O que obviamente não acontece no repositório privado.

Para fazer o clone do repositório privado nós precisamos estar autenticados e não seria interessante passarmos as informações de autenticação pela url, isso seria uma falha de segurança seríssima.

Então, para resolver esse problema vamos usar SSH para se autenticar de forma segura e mais elegante 🙂

Autenticando no Github por SSH

Para que o Github possa nos autorizar a fazer a clonagem do repositório na imagem Docker, nós vamos precisar gerar um par de chaves criptografadas na nossa estação de desenvolvimento. Você pode gerar as chaves em todas as máquinas que forem necessárias.

Se você não sabe o que é SSH, aqui vai um link bem completo que vai te ajudar, mas basicamente, usaremos um par de chaves assimétricos de criptografia, nas quais existem uma chave privada, que é sua (da sua máquina em questão) que vamos usar mais pra frente e uma chave pública que você vai configurar lá na sua conta no site do Github em seguida.

Uma coisa importante a saber é que cada par de chaves é único e a autorização é concedida quando a chave pública conseguir “entender” a chave privada que será passada à ela.

Feitas as apresentações, vamos ver como gerar nosso par de chaves SSH.

Verificando as chaves SSH

Antes de sair gerando as chaves, pode ser que você já as tenha gerado antes.

Vale lembrar que todos os procedimentos citados aqui podem ser utilizados em plataformas Microsoft Windows, GNU/Linux e MacOS. Nesse caso estou utilizando um GNU/Linux Ubuntu 20.04.1 LTS

Para verificar se você já possui um par de chaves SSH gerados, digite o seguinte comando no terminal do do seu sistema operacional  ls -al ~/.ssh para ver se existe alguma chave criada.

$ ls -al ~/.ssh
# Lista os arquivos do seu diretório .ssh, se eles existem

Por padrão os arquivos que nos interessam podem ter o nome de id_rsa e extensões .pub

Se você encontrou algum desses arquivos no seu diretório, é provável que possamos usá-los nos passos seguintes ao invés de criar um novo par de chaves.

Se você viu um par de chave pública e privada listado (por exemplo id_rsa.pub and id_rsa) e gostaria de usá-las para conectar com o Github, você pode adicionar sua chave SSH ao SSH-agent e pular o próximo passo da geração de chave do tutorial.

Se mesmo assim você quiser gerar um novo par de chaves não fará mal algum.

Como gerar o par de chaves SSH

Você vai precisar utilizar um pacote específico para gerar o par de chaves SSH. O mais conhecido é o openssh e ele tem versões para os sistemas operaacionais mais utilizados no mercado.

Para gerar o seu par de chaves, vá ao terminal do seu sistema operacional e digite ssh-keygen -t rsa -b 4096 -C “your_email@example.comsubstituindo o email pelo email da sua conta do Github.

$ ssh-keygen -t rsa -b 4096 -C "your_email@example.com"

Vai aparecer Enter a file in which to save the key no seu terminal. Você pode aceitar o caminho padrão (/home/seu_usuario/.ssh/id_rsa) pressionando enter ou digitar outro caminho para gerar suas chaves.

Enter a file in which to save the key (/home/you/.ssh/id_rsa): [Press enter]

Caso haja algum arquivo com o mesmo nome no diretório escolhido, será perguntado se você quer substituí-lo.

No próximo passo não informe nenhuma senha no arquivo, caso contrário teremos um erro de chave inválida (invalid key) quando gerarmos nossa imagem Docker.

Enter passphrase (empty for no passphrase): [Type a passphrase]
Enter same passphrase again: [Type passphrase again]

Depois disso seu par de chaves assimétricas será gerado. Vamos ver agora como adicioná-las ao seu agente.

Adicionado as chaves ao agente

Nessa etapa você pode adicionar as chaves já existentes ou adicionar as novas chaves geradas na etapa anterior.

Para adicionar as chaves no agente, vamos iniciá-lo em bacakground

$ eval "$(ssh-agent -s)"
Agent pid 43558

e agora adicione sua chave privada no agente. Se você alterou o nome e/ou o diretório da chave, substitua no comando.

$ ssh-add ~/.ssh/id_rsa

Esse procedimento deixa essa chave configurada e pronta para trabalhar em futuros commits e outros comandos, mas não necessariamente é obrigatório para gerarmos a imagem Docker, como vamos ver mais pra frente.

Adicionando a chave pública no Github

Lembra que para que a autenticação ocorra é preciso que as chaves pública e privada “conversem”? Nesse passo damos início á essa “conversa” configurando a chave pública na conta do Github. Para fazer isso, precisamos copiar o conteúdo da chave gerada no seu computador.

Você pode usar o xclip para fazer isso ou simplesmente copiar o arquivo gerado.

$ sudo apt-get install xclip
# Faz o download e instala o xclip. Se você não tem instalado o 'apt-get', você pode usar outro instalador (como o 'yum')$ xclip -sel clip < ~/.ssh/id_rsa.pub
# Copia o conteúdo da sua chave id_rsa.pub

Para usar o arquivo sem xclip

$ cat ~/.ssh/id_rsa.pub

Agora siga os passos para adicionar a chave na sua conta do Github.

  1. Acesse sua conta do Github
  2. Clique na sua foto de perfil no canto superior direito
  3. Clique em “Settings
  4. No menu à esquerda, clique em “SSH and GPG keys
  5. Clique em New SSH Key ou Add SSH key
  6. Adicione uma descrição para a nova chave (Ex.: note-dev)
  7. Cole a chave no campo Key
  8. Clique em Add SSH key
  9. Se for solicitado, confirme sua senha do Github.

Feito isso, vamos configurar nosso Dockerfile

Configurando o Dockerfile

Para configurar o dockerfile, vamos criar uma imagem intermediária para fazer o clone e depois elminá-lá, dando lugar apenas para a imagem definitiva.

# Choose and name our temporary image
FROM alpine as intermediate

# Add metadata identifying these images as our build containers (this will be useful later!)
LABEL stage=intermediate

# Take an SSH key as a build argument.
ARG SSH_PRIVATE_KEY

# Install dependencies required to git clone.
RUN apk update && \
    apk add --update git && \
    apk add --update openssh 

# 1. Create the SSH directory.
# 2. Populate the private key file.
# 3. Set the required permissions.
# 4. Add github to our list of known hosts for ssh.
RUN mkdir -p /root/.ssh/ && \
    echo "$SSH_PRIVATE_KEY" > /root/.ssh/id_rsa && \
    chmod -R 600 /root/.ssh/ && \
    ssh-keyscan -t rsa github.com >> ~/.ssh/known_hosts

# Clone a repository (my website in this case)
RUN git clone git@github.com:seu_usuario/seu_repositorio.git

# Choose the base image for our final imageFROM alpine
RUN apk update && \
    apk upgrade && \
    apk add --update nodejs npm && \
    npm install -g @angular/cli

# Copy across the files from our `intermediate` container
RUN mkdir app
COPY --from=intermediate /qualico/. /app/.

WORKDIR /app

Basicamente estamos dizendo apara o dockerfile que vamos informar uma variável $SSH_PRIVATE_KEY na hora de gerar a imagem. Queremos que ele crie uma instância intermediária só para fazer a clonagem do nosso repositório e depois elimine ela e aí sim nós configuramos a imagem definitiva.

Nesse ponto, já configuramos a chave pública na nossa conta do Github, agora chegou a hora de informar a chave privada para autenticação.

Para fazer isso, é preciso carregá-la em uma variável temporária no seu sistema operacional. Faça isso com o seguinte comando.

MY_KEY=$(cat ~/.ssh/id_rsa)

E agora já podemos fazer o build da imagem Docker

docker build --build-arg SSH_PRIVATE_KEY="$MY_KEY" --no-cache --tag clone-example .
…
Successfully tagged clone-example:latest

Nesse ponto já temos a imagem construída com sucesso e podemos fazer o nosso deploy para onde quisermos, mas se você ainda se preocupa com segurança e quer se livrar dos resquícios desse processo, siga em frente com mais alguns passos.

Limpando os vestígios

Mesmo utilizando uma imagem intermediária para dar mais segurança ao processo, se visualizamos os logs das operações, ainda podemos ver nossa chave privada por lá e não queremos isso, não é?

docker history clone-example
> IMAGE               CREATED             CREATED BY                                      SIZE
>b3dbbf389a73        2 minutes ago       /bin/sh -c #(nop) COPY file:90e3ecf812fe16bf…   254B
>39d11e01b3ad        2 minutes ago       /bin/sh -c mkdir files                          0B
>196d12cf6ab1        2 weeks ago         /bin/sh -c #(nop)  CMD ["/bin/sh"]              0B
><missing>           2 weeks ago         /bin/sh -c #(nop) ADD file:25c10b1d1b41d46a1…   4.41MB

Durante a configuração do Dockerfile utilizamos o comando LABEL onde especificamos o valor de intermediate. Fizemos isso justamente para identificar e facilitar a remoção dos dados sensíveis nessa etapa.

Onde apenas com um comando, vamos remover todos os vestígios da operação, não deixando a sua chave privada exposta.

Para isso, execute o comando:

docker rmi -f $(docker images -q --filter label=stage=intermediate)

Feito pessoas!

Agora seu processo de deploy está mais automatizado e seguro 🙂

Espero ter ajudado!

Grande abraço 🙂

Kaffeine – Como manter seu app sempre online no Heroku?

Logo do Kaffeine

E aí pessoas! Tudo numa boa?

Se você chegou até aqui, provavelmente você já conhece o Heroku e se essa for sua realidade, pode pular esse trecho 🙂

O que é o Heroku?

O Heroku é um serviço de hospedagem de conteúdo, seja um simples site estático ou até mesmo uma aplicação mais complexa, como uma API com acesso a banco de dados e outros recursos por exemplo.

O Heroku é conhecido por ter uma curva de aprendizagem extremamente curta, tornando o deploy da sua aplicação bem simples. Além disso conta com a possibilidade de um plano gratuito (apesar de você ter que deixar o seu cartão de crédito configurado por lá) e também de “incluir” addons para estender os recursos.

Alternativas ao Heroku

Outros players de mercado que concorrem com o Heroku são Amazon AWS, Microsoft Azure, Google Gloud Plataform, Digital Ocean… obviamente cada um tem o seu público-alvo e objetivos diferentes, mas dentre eles, o Heroku parece ser o mais “fácil” de fazer o trabalho com qualidade semelhante.

O problema

Mas, como nem tudo são flores a versão gratuita do Heroku “baixa” a aplicação quando ela não recebe uma requisição por um período de 30 minutos. Em outras palavras, se sua aplicação fica sem nenhum acesso por 30 minutos, ele desliga ela até que alguém a acesse novamente. Quando alguém acessar novamente, ele vai iniciar aplicação toda do zero novamente e o clico se repete. Essa inicialização normalmente é bem domorada e pode causar a percepção de que a sua aplicação é muito lenta aos usuários, quando na verdade é uma característica da sua hospedagem.

Ele faz isso por diversos motivos que a gente não tem certeza, mas talvez a principal delas seja de economizar recursos dos servidores 🙂

Como o Kaffeine resolve esse problema?

O Kaffeine e uma solução gratuita que resolve esse problema. Você simplesmente coloca o endereço da sua aplicação Heroku no site e recebe doses de Kaffeine a cada 30 minutos. Brincadeiras à parte, quando você coloca o endereço da sua aplicação nele, ele passa a fazer requisições a cada 30 minutos à sua aplicação, deixando ele no ar por uma maior parte de tempo.

Mas, como nem tudo são flores (de novo) outra característica da versão gratuita do Heroku é de que esses containers devem parar de funcionar por no mínimo 6 horas por dia e no Kaffeine, você consegue especifica o horário que isso vai acontecer, dessa forma podendo configurar o horário que a sua aplicação receberia menos requisições. Em uma aplicação corporativa por exemplo, provavelmente não haverá acesso fora do horário de expediente ou de madrugada, então você configura o Kaffeine para parar o container nesse período e o impacto nos usuários é menor.

Espero ter ajudado, grande abraço!

Como hospedar seu app sem servidor?

Serverless

Como assim sem servidor? No seu dia-a-dia você vai ver que é isso mesmo, mas na real, nada mudou 🙂

Você já ouviu falar sobre serverless ou FaaS? Então é sobre isso que temos que conversar.

Serverless em tradução livre do inglês seria como “sem servidor”, de fato, o conceito é esse mas também não é bem assim. Na verdade a utilização de uma “arquitetura” serveless apenas “abstrai” a camada de infraestrutura de forma que você não precise se preocupar com isso.

Isso significa que podemos desenvolver um código na nossa máquina e simplesmente dar um deploy para algum player do mercado sem sequer configurar um docker, roteamento, alta disponibilidade, camadas de segurança, etc. Apenas desenvolva seu código e digite no terminal “plataforma_que_eu_escolhi deploy” e pronto! Olha que maravilha!

Tá mas e o FaaS? Essa é a sigla que utilizamos para definir Function As A Service, que pode ser considerado sinônimo de serverless. Os puristas por favor não me xinguem.

Beleza, então meu código tá viajando por aí e eu nem sei onde está? Mais ou menos.

Na verdade, o seu código está em um – ou mais – servidor(es) sim! A jogada aqui é que você não precisa se preocupar com isso, essa é a expertise do player que te fornece o serviço, você não precisa mais ficar dimensionando máquina virtual e configurando o ambiente.

Mas então é uma maravilha só! Vou usar para tudo. Calma! Não é bem assim. Veja abaixo as vantagens, desvantagens e quando usar.

Vantagens

  • Deploy muito prático
  • Setup muito rápido (muito mesmo)
  • Economia de tempo e dor de cabeça com infraestrutura
  • Não importa a quantidade de requisições, o seu serviço não vai “estrangular”

Desvantagens

  • O report de consumo geralmente não é muito claro (normalmente o serviço é cobrado por consumo)
  • Se você não tiver um “stop”, você pode gastar muito dinheiro, inclusive com um bug no código por exemplo
  • É bom que o seu código esteja bem otimizado
  • Não é legal usar para toda e qualquer coisa

Quando usar?

Já tentei usar essa solução de várias formas, certas e erradas (mais erradas do que certas hehe) até encontrar o caminho correto. Não tente subir uma API completa no Firebase Functions por exemplo, não é uma boa solução, não é bom para a sua aplicação e menos ainda para o seu bolso.

As functions são ótimos recursos para hospedar códigos que precisam ser chamados sob demanda para resolver um domínio da aplicação, algo que precise ser chamado, faça o que tenha que fazer e depois termine.

Um exemplo bacana seria: ao fazer o upload de um arquivo de imagem, o usuário envia uma imagem gigantesca para a aplicação, então você chama a sua função hospedada em uma arquitetura serverless e executa toda a otimização dessa imagem para depois armazena-la no bucket e com isso economiza, espaço em disco e grana no bolso, além de garantir o seu padrão da imagem, dimensões, tipo de arquivo, filtro, etc.

Outra aplicação legal é com a utilização de microserviços ao invés de um monolito. Mas isso é um papo para outra jarra de café.

Principais players

E aí, já se animou para testar essa infra? Praticamente todos os players que eu citei te fornecem uma conta gratuita onde você pode se divertir e testar suas aplicações. A experiência é maravilhosa, vai lá!

Em breve eu solto outro post pra te ajudar a fazer isso 😉

Clique em Serverless – Subindo meu código sem servidor (se o título ao lado não estiver com um link, significa que eu ainda não escrevi o post 🙂 )

Obrigado por ter me aturado até aqui e um grande abraço à todos!

Não esqueçam: vamos fazer coisas incríveis!

5 fatos que provam que serverless não é tão caro assim

Gráfico que exibe as vantagens de utilizado serverless em relação ao método tradicional

Se o título atraiu você provavelmente você está familiarizado com o termo serverless, mas para introduzir a galera que caiu de paraquedas por aqui, serverless é uma arquitetura na qual nós “não precisamos” de servidores para hospedar nossos códigos. Nós simplesmente escrevemos os nossos códigos, escolhemos um player do mercado e colocamos o código lá. Depois é só chama-lo e tá feito! Você pode entender melhor sobre serverless nesse artigo que eu escrevi aqui no blog: Como hospedar seu app sem servidor?

Feita a introdução, vamos ao objetivo!

Calcular a execução de uma função na arquitetura serverless pode ser uma tarefa extremamente difícil, isso porque os principais players do mercado estruturaram seu modelo de negócios baseado em tempo de execução dessa função, o que é extremamente justo, mas o valor “pode” ser salgado dependendo de várias variantes.

1 – Tempo de execução

Partindo dessa premissa, você como programador, precisa garantir que o código vai perder menos tempo possível, afinal de contas, mais do que nunca o termo “time is money” se aplica nesse caso.

Muitas tecnologias podem ser adotadas por aqui, algumas bem simples como a utilização de um try/catch na chamada de suas funções ou simplesmente usando uma linguagem de programação compilada como o Go, que faria seu código rodar mais rápido, consumir menos recursos e consequentemente gastar menos dinheiro.

Além das técnicas já citadas não podemos esquecer da utilização do paradigma de desenvolvimento funcional para as linguagens que suportam esse tipo de desenvolvimento com certeza é um ponto para observarmos. Em Javascript por exemplo existe um ganho considerável apenas utilizando as abstrações existentes como map, filter e reduce. Além disso, são essas técnicas que propiciam que softwares de análise de big data como o Apache Hadoop funcionem.

2. Infraestrutra

Não só de máquinas e cabos são feitas as estruturas de uma organização, seja essa estrutura on promisses (instalada localmente na sua empresa) ou na nuvem (cloud computing) precisa de um time para orquestrar todos aqueles servidores que você suou para pagar ou para convencer sua diretoria a pagar.

Por mais que ainda vejamos muitos casos em que empresas ainda utilizem infraestrutura de datacenter local, seja por regras governamentais, seja por necessidade de disponibilidade imediata (altíssima latência), softwares não projetados para escalar em nuvem, ou qualquer outro motivo (eu poderia passar horas por aqui hehe), já sabemos que essa prática é tem um peso muito grande a ser carregado. Máquinas depreciam, tem um custo elevado e normalmente tem capacidade ociosa.

Em se tratando de máquinas, imagine que você tem um software hospedado em nuvem pública em uma máquina virtual. Você tem todos as buzz words de tecnologias configuradas no melhor player do mercado com alta performance e redundância configurados num nível nunca visto antes. Você se sente super feliz com isso! Eu também me sentiria. Entretanto, mesmo que podendo adicionar memória, processamento e disco quando lhe der vontade ou quando a máquina precisar, você não pode adicionar apenas hipotéticos 123 Mhz de processamento, você tem uma quantidade pré-definida pelo seu serviço de hospedagem na qual é possível adicionar, sem contar os reboots que seriam necessários, você certamente está perdendo dinheiro com capacidade ociosa, mesmo que pouca, você está perdendo dinheiro.

Com a utilização de serverless, a sua função é chamada, ele faz o que tem que fazer em um tempo X e te devolve o resultado. Pronto! Usou? Pagou pelo que usou.

Tenho uma longa carreira na área de infraestrutura e sempre foi um desafio propor para a direção o aumento da capacidade computacional do datacenter, isso porque normalmente era visto exatamente dessa forma que eu estou colocando aqui: desperdício de recursos financeiros (apesar de ser cobrado quando a coisa parava heheh) e como exemplo posso citar também a capacidade ociosa que existe, principalmente em estruturas on promisses com máquinas físicas, onde você tem uma máquina que suporta 100 usuários, sua empresa cresce e você tem 110 usuário, você não consegue comprar uma máquina que suporte 10 usuários (e também não faria sentido não ter margens de crescimento nesse paradigma), talvez, você precisará comprar outra(s) máquina(s) que suportem 100 usuários e pagar esse spread ocioso de recursos.

3. Pessoas, mais especificamente: DEVOPs

Não é uma caça as bruxas, nem a extinção desse profissional, muito pelo contrário. Esses caras sempre foram extremamente importantes e são ainda mais hoje em dia.

A questão aqui é que mesmo utilizando tudo em nuvem, se você não tem conhecimento suficiente para orquestrar o ambiente onde roda a sua aplicação, você vai ter que contratar alguém para fazer isso por você, justo! Mas porque ter esse custo e ainda ter todos os custos de ociosidade que eu comentei ali em cima se eu posso não ter?

Cabe ressaltar que dependendo do nível e do tamanho da aplicação é extremamente importante que você estruture e a mantenha com um DEVOP, mesmo utilizando serverless.

4. Performance

Imagine você que em um dia extremamente atípico o seu e-commerce, principal canal de vendas do seu negócio, teve, ao invés dos 5 mil acessos diários, 1 milhão de acessos que repercutiu em vendas e visibilidade para o seu negócio. A sua infraestrutura sem serverless, on promisses ou na nuvem, suportaria essa demanda sem quebrar? Sem ficar lenta ou indisponível? Ora, responde eu mesmo: provavelmente não!

Com o serverless, você com certeza vai pagar por essa demanda (e bastante), mas o seu usuário não será impactado por qualquer um desses fatores, já que estamos falando de players como Amazon Lambda, Microsoft Azure Functions e Google Cloud Functions por exemplo. Acho que temos bastante capacidade computacional com esses caras, certo?

5. Planos gratuitos

Pensando como uma startup todo o centavo é muito importante e se conseguimos economizá-los, isso se reverte em café em cima da mesa, café se transforma e código-fonte e por aí vai…

Brincadeiras à parte, a maioria dos players, grandes ou não, oferecem planos gratuitos, claro que com suas limitações, mas certamente atende as suas demandas de teste, MVP e lançamento do seu produto.

Conclusão

Serverless ainda é caro, complexo de ser medido e provisionado (valores monetários), mas assim como vários outros aspectos da sua startup, precisa ser analisado com atenção, principalmente aos fatores indiretos ligados a sua implementação. Também é necessário ficar atento à operação continuada e entender o momento certo de migração, caso necessário. Isso pode ser um fator muito importante dentro da sua organização.

Eu uso serverless como premissa da minha estrutura e você?

Gostou do artigo? Consegui agregar valor para você? Se sim, indique para um amigo para que ele também fique esperto no assunto.

Obrigado por vir até aqui.

Vamos fazer coisas incríveis hoje?

A migração de plataformas de softwares “Suites de Escritórios”

O primeiro a levar os aplicativos para a web foi o Google com o Google Docs, depois vimos a Microsoft com o Office Web Apps, agora aguardamos ansiosamente a promessa da Document Foundation de levar o LibreOffice para a nuvem.

Para quem não conhece, o LibreOffice é a versão opensource (código aberto) dos aplicativos de escritório, são os famosos “.odt”. O LibreOffice já teve o nome (muito conhecido) de BrOffice e é desenvolvido sobre o código do OpenOffice.

Após a compra da Sun Microsystems pela Oracle os desenvolvedores do OpenOffice ficaram incomodados, esperando que o projeto passasse a ser pago e criaram a The Document Foudation.

Mas voltando ao assunto “CLOUD”, esse movimento das Empresas e Fundações desenvolvedoras de suítes de aplicativos de escritório, ao meu ver, é só o começo, muito precipitado, com relação as expectativas que alguns amigos e eu, inclusive os que não compartilham da mesma opinião sobre cloud computing, tínhamos.

No começo desse mês, consegui convencer um amigo desenvolvedor PL/SQL a estudar Java, já foi um começo, agora é esperar ele se apaixonar pela coisa e procurar por novos horizontes…

O que eu quero dizer com tudo isso é que cada vez mais os aplicativos estão sendo “convertidos” para a plataforma web e além de servidores e datacenters, tem muito desenvolvimento à ser feito. É fato que muitas Empresas estão de olho nesse nicho de mercado há muito tempo, mas em contra-partida, a mesma parcela não! Principalmente aqueles aplicativos específicos, desenvolvidos por softwares houses.

É nossa missão informar nossos clientes que isso precisa ser mudado em tempo hábil, senão a bagunça estará formada.

O mercado está aí, ninguém vai se escapar de rodar seus aplicativos na web, o Google, a Microsoft e o LibreOffice já estão se “convertendo” e você, vai esperar seus clientes lhe chamar para essa demanda?

[Overview] Microsoft BPOS – Parte 6

Microsoft Business Productivity Online

Office Communications Online

De todo o conjunto de software esse eu acredito que seja o menos impressionante, mas não menos importante.

Hoje com o bloqueio do famigerado MSN na maior parte das organizações, muitas vezes partimos para o uso de soluções opensource ou até mesmo de determinados softwares que limitam o próprio MSN para atuar restritamente a determinados contatos e fazer logs.

A vantagem do Office Communications é a integração (essa presente em todos os produtos da linha) com os demais produtos, principalmente com o Microsoft Outook presente em todas as versões do Microsoft Office. Exemplos são a presença que pode ser setada em qualquer aplicativo e o histórico que é armazenado em uma pasta no Microsoft Outlook.

[Overview] Microsoft BPOS – Parte 5

 

Microsoft Business Productivity Online

Live Meeting

Esse serviço é simplesmente fantástico! Com ele você encurta a distância entre seus sites remotos.

Você conversa (pelo microfone mesmo) e compartilha documentos com muita facilidade e ao terminar a sua reunião –  que diga-se de passagem não consumiu tanto tempo e nem poluiu o meio ambiente, já que seus participantes não precisaram se deslocar – a sua ata está prontinha esperando para ser baixada.

[Overview] Microsoft BPOS – Parte 4

Microsoft Business Productivity Online

Sharepoint Online

Sharepoint é um produto da Microsoft que á muito foi lançado com o objetivo de colaboração dentro da sua Organização.

Nada mais é do que um serviço de intranet, com diversos tipos de ações e intuitos.

Hoje existem diversas webpart’s gratuitas ou não, que são uma espécie de plugins nos quais nós podemos instalar e configurar no nosso portal colaborativo, o que acaba tornando quase que desnecessário a necessidade de você criar a sua.

Com o BPOS, você pode criar diversas “Instâncias” do Sharepoint a limitação é dada pelo espaço em disco.

Sei que o backup ainda não é grande coisa, até porque tudo é armazenado em banco de dados (MsSQL), mas que eu realmente acredito que um dia o sharepoint ou algum serviço semelhante pode vir a substituir o nosso querido FS (File System – Sistema de Arquivos), quem sabe?

[Overview] Microsoft BPOS – Parte 3

BPOS – Microsoft Business Productivity Online

Administração de emails.

Nessa seção não falo nenhuma novidade para quem já utiliza um Microsoft Exchange, exceto os benefícios que essa solução pode trazer.

Toda a administração é feita remotamente, isto é, não é preciso instalar absolutamente nada na sua máquina, nem servidores nem consoles de administração.

Mas o que significa exatamente isso? Significa mais dinheiro no caixa da sua organização.

Imagine você que para se ter um Microsoft Exchange rodando redondinho na sua Empresa, você precisará no mínimo de: um servidor, ar condicionado, energia 24 horas, link garantido como IP fixo, licenças de Exchange e no mínimo uma licença de Windows e meu amigo, ainda assim você corre riscos…

Agora calcule comigo o espaço em disco… multiplique o número de usuários que você tem por 25 GB (que é o que o BPOS disponibiliza), cote um storage com toda a segurança que o serviço merece e divida o valor do storage pelo número de usuários novamente. Ahhh! Coloque na conta também os investimentos que eu coloquei lá em cima, mais um pouquinho para backup (com as devidas licenças) e ainda reserve uma graninha para aquele suporte que você talvez possa precisar…

Se esse cálculo der menos de US$ 10. Vá em frente, caso contrário, assine com a Microsoft.

SaaS – Mercado de software como serviço pode dobrar em 5 anos

Lí no Imasters, no qual é a fonte para esse pequeno artigo, que segundo o Gartner, o mercado para SaaS (software como serviço, em inglês) pode dobrar em cinco anos e possibilitará a movimentação de aproximadamente US$ 21,3 Bilhões em 2015, contra apenas US$ 10 Bilhões em todo mundo no ano passado.

Segundo Tom Eid, vice-presidente do Gartner, essa movimentação está ocorrendo por conta dos orçamentos reduzidos para investimentos com T.I. nas organizações, no qual vem exigindo cada vez mais o uso de tecnologias voltadas à Cloud Computing (Computação em nuvens).

Segundo o Gartner, 75% dos contratos hoje são fechados com desenvolvimento em SaaS e a esperança é de que seja atingido o índice de 90% em 2015 e o carro chefe são softwares de CRM.

Isso só faz com que a minha teoria (que não é nada inovadora) se concretize ainda mais. A Cloud Computing pode estar fechando algumas portas para os adminsitradores de rede e outros cargos, mas com muita certeza está abrindo para os desenvolvedores web…

Essa notícia faz com que pensemos: sua organização tem um software instalado nas máquinas hoje? Então você precisará de um desenvolvedor web para, no mínimo, convertê-los em aproximadamente 5 anos.

Fonte: Imasters – Notícia